quinta-feira, 8 de outubro de 2009

2009 será o segundo melhor ano de IPOs para o Brasil

Essa é uma das provas de que o Brasil já saiu da crise, essa que ele praticamente não entrou.


Veja a matéria da Exame:

O ano de 2007 ficou marcado pelo "boom" de ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) na bolsa de valores brasileira. Mais de 60 empresas realizaram abertura de capital na época e cerca de 70 bilhões de reais foram levantados; quantia recorde na história da Bovespa. De acordo com os analistas do mercado, tudo indica que 2009 será o segundo melhor ano em captação de recursos no mercado de capitais. Somente os acordos já anunciados somam cerca de 44 bilhões de reais -- e a expectativa é de que outras virão por aí.

Neste ano ate hoje, as operações registradas totalizam cerca de 37,600 bilhões de reais. Para se ter uma idéia de comparação, o total captado em 2006 e 2008 foram de 34,200 bilhões de reais e 30,400 bilhões de reais, respectivamente. Porém, ainda existem 11 empresas (veja tabela abaixo) que já entraram com o pedido de oferta de ações e estão em período de análise pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid).
O Banco Santander saiu da fila de espera e realizou a maior oferta pública do ano no mundo. A operação levantou 14,1 bilhões de reais, tornando-se a maior oferta da história do mercado acionário brasileiro, ultrapassando a vultosa captação de 8,397 bilhões de reais da Visanet. Para os investidores, a sensação inicial foi de frustração. Os papéis caíram 3,74% no primeiro dia de negociação.
A queda, no entanto, não refletiu o apetite dos investidores pelos papéis. A estimativa é que a demanda tenha sido dez vezes superior á oferta. O arrefecimento da crise global e a retomada do crescimento econômico brasileiro, principalmente a partir do segundo semestre do ano, têm valorizado as ações de empresas brasileiras -- tornando um bom negócio para as empresas levantar capital com ofertas públicas. "Muitas companhias estavam se preparando para realizar ofertas desde 2007. Porém, a crise chegou e elas brecaram seus planos. Aquelas que passaram bem pela turbulência estão voltando ao mercado acionário", afirmou Saulo Sabbá, diretor de mercado de capitais do banco de investimento Máxima.