segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Banco do Brasil eleva lucro e retoma liderança em ativos

Boa Tarde!

O forte crescimento do crédito e a receita extra com a venda de ações da VisaNet turbinaram o lucro do segundo trimestre do Banco do Brasil, que também retomou a liderança no ranking de ativos, voltando a superar o Itaú Unibanco.
O banco estatal fechou o período de abril a junho com lucro líquido de 2,348 bilhões de reais, um crescimento de 42,8 por cento na comparação com igual intervalo do ano passado.
O número inclui a receita de 1,4 bilhão de reais com a venda de parte das ações que o grupo detinha na administradora de cartões VisaNet, em junho.
O lucro trimestral recorrente do BB foi de 1,727 bilhão de reais, um avanço de 18 por cento na comparação anual. A previsão média de sete analistas consultados pela Reuters apontava lucro recorrente de 1,501 bilhão de reais.
A forte evolução da última linha do balanço teve como principal alavanca a carteira de crédito, que cresceu 32,8 por cento no espaço de 12 meses encerrado em junho, para 252,485 bilhões de reais.
O destaque foram os empréstimos à pessoa física, que deram um salto de 69 por cento em 1 ano, para 68,47 bilhões de reais, com impulso do consignado, cujo montante disparou 110,7 por cento. Com isso, a carteira de varejo do banco pela primeira vez superou a do agronegócio, que cresceu apenas 9,7 por cento e chegou a 67,6 bilhões de reais.
Em meio à forte expansão do crédito, a inadimplência da carteira, que considera operações vencidas em prazo superior a 90 dias, subiu de 2,5 por cento para 3,3 por cento em 12 meses.
Com isso, a provisão para perdas esperadas com calotes cresceu 27,3 por cento sobre março e 88 por cento ante junho de 2008, para 3,172 bilhões de reais.

RESPOSTA A SETUBAL

No entanto, o presidente do BB, Aldemir Bendine, afirmou que a política de taxa de juro da instituição é "plenamente sustentável", em resposta a comentários do presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, no início desta semana.
"Nossa política de taxa de juro é plenamente sustentável... As taxas são bem mais ousadas e isso é papel do BB", afirmou Bendine a jornalistas, durante entrevista coletiva para comentar os resultados do segundo trimestre.
"O BB adotou uma estratégia que entendemos ter sido extremamente correta... Temos resultados sólidos dentro de uma qualidade inquestionável", disse Bendine.
Na terça-feira, Setubal, do Itaú Unibanco, disse que "algumas taxas que estão sendo praticadas por bancos públicos não são sustentáveis.
Em contrapartida, o BB manteve a estimativa de expansão da carteira de crédito em 2009 entre 13 e 17 por cento, mesmo depois do forte crescimento nos 12 meses até junho.
Segundo o vice-presidente de Finanças do BB, Ivan Monteiro, a instituição chegou a discutir a elevação da estimativa para o ano, mas acabou por manter a previsão por acreditar que a carteira de crédito para empresas possa desacelerar no atual semestre.
"Achamos que, no segundo semestre, a concorrência vai ser mais apertada", disse. "Com a melhora do mercado de capitais, vai aumentar a concorrência entre as fontes de captação de recursos para as empresas", acrescentou Monteiro.

VOLTA À LIDERANÇA

Resultado da combinação de crescimento do crédito com a consolidação de bancos estaduais comprados recentemente, como Besc (Santa Catarina), BEP (Piauí) e Nossa Caixa (São Paulo), o BB encerrou o primeiro semestre com 598,8 bilhões de reais em ativos, um incremento de 43,9 por cento em 12 meses, o que o levou a retomar a liderança do setor bancário no país.
O Itaú Unibanco, que havia assumido a liderança ao emergir de uma fusão em novembro de 2008, reportou na terça-feira que seus ativos no final do primeiro semestre somavam 596,3 bilhões de reais.
"O Banco do Brasil retoma o posto que lhe é de direito", afirmou Bendine.
A rentabilidade sobre patrimônio líquido recorrente no segundo trimestre foi de 23,7 por cento, ante índice de 24,6 por cento registrada um ano antes.


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